A estação de metro de Santa Apolónia, que inaugura amanhã, foi criada para proporcionar um «espaço de boa estadia», «liberto da interioridade» característica das estações de metro, disse à Lusa o arquitecto responsável pelo projecto, Leopoldo Rosa.
Segundo o arquitecto, a estação tinha que ser contida, devido ao espaço urbano disponível, «o espaço é exíguo e a questão do nível freático precisava de ser tomada em consideração».
Devido a alguns obstáculos impossíveis de contornar, como o colector que existe do lado do rio, «a estação teve que ter aquela largura», salienta.
O arquitecto, perante as opções de um atrium de topo ou de uma atrium central, optou por um central, com dois interfaces, um com a CP e outro com o cais fluvial.
Leopoldo Rosa refere que teve a «preocupação de usar tons como o azul e o creme para haver uma associação com o céu e a terra, e assim trazer o exterior para o interior».
Os acabamentos escolhidos foram «o mais simples possível», para não «encarecer o custo da estação» e também para «não maçar as pessoas», que ali passam diariamente.
Na concepção deste projecto esteve ainda a preocupação com as pessoas que sofrem de claustrofobia, proporcionando-lhes um espaço de continuação com o ambiente de rua.
Nesse sentido, nas paredes laterais dos cais, nas zonas centrais, foram desenhados janelões de luz, «para dar a ilusão da existência do exterior naquele espaço».
Leopoldo Rosa, responsável também pela concepção das futuras estações de Campolide e do Aeroporto, teve a colaboração do pintor José Santa Bárbara, autor dos painéis de azulejo que estão ao nível do atrium.
Os materiais utilizados foram a pedra de Lioz, o mosaico de vidro tradicional e o vidro.
A estação de Santa Apolónia, bem como a do Terreiro do Paço, inserem-se no projecto de alargamento da Linha Azul.
Diário Digital / Lusa
18-12-2007 18:26:58
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