Os empresários e comerciantes da Avenida Duque de Ávila, em Lisboa, estão preocupados com o clima de insegurança crescente na área, sobretudo desde que aquela artéria foi transformada em estaleiro de obras do Metropolitano de Lisboa.
Ao longo dos últimos meses têm--se sucedido os relatos de agressões a particulares e assaltos a estabelecimentos comerciais. Os proprietários, para além dos prejuízos materiais registados com os roubos, estão preocupados com a perda de clientes, pois foram bastantes aqueles que passaram a evitar circular naquela área.
A farmácia Cardeira foi um dos últimos negócios a serem visitados pelos assaltantes. No mês passado, por volta do meio-dia, dois indivíduos encapuzados e armados entraram na loja e usaram a força para assaltar a caixa registadora e uma cliente que se encontrava no local. Os dois assaltantes faziam parte de um gang organizado que actuava naquela área e que, na mesma semana, atacou outros estabelecimentos, esfaqueando um funcionário de uma residencial.
Os relatos de violência repetem--se um pouco por toda a rua. Luís Cunha, director-técnico da farmácia, contou ao DN que, sobretudo desde o início do ano, disparou a criminalidade na zona. "Isto está propício aos assaltos. Há uma insegurança bastante grande e a polícia não tem tido capacidade de resposta", acusa. Uma das soluções, refere, seria contratar um agente policial, mas o valor pedido é incomportável para a maior parte dos pequenos empresários da rua.
Além da questão do aumento da criminalidade, as obras do metropolitano têm provocado igualmente a diminuição das receitas, o que preocupa ainda mais os comerciantes. Secundino Silva, gerente da cafetaria Gávea, contabiliza "por alto" os prejuízos e assegura que o volume de negócios diminuiu na ordem dos 40 por cento, isto ao longo dos últimos 16 meses. Ana Campos, proprietária de um quiosque, diz que as obras vieram estagnar os negócios. "Estamos todos com a corda na garganta", confessa.
A Associação de Restauração e Similares de Portugal (Aresp), que tem sede na mesma avenida, diz que "os prejuízos vencidos neste momento são pesados", avançando com valores compreendidos entre os 40 e os 70 por cento, ao alargar a análise para a restante área envolvente.
José Manuel Esteves, secretário geral da Aresp, chama a atenção para os prejuízos que contabilizam também os restantes empresários da zona do Saldanha. É que, enquanto os proprietários das casas comerciais da Avenida Duque de Ávila tiveram a oportunidade de celebrar acordos pontuais com o Metropolitano de Lisboa, aqueles que funcionam fora da rua onde está instalado o estaleiro de obras não têm direito a receber qualquer indemnização. Isto apesar de sofrerem com o barulho, o pó, os passeios cortados e o trânsito condicionado na Avenida da República. António Oliveira, dono do restaurante Galeto, revela que desde o início das obras teve uma quebra na facturação de 20 por cento. "As pessoas não vêm a pé para aqui, só de carro, e como trânsito está um pandemónio...".
O estaleiro de obras será transferido, na fase seguinte, para uns quarteirões adiante, ainda no prolongamento da Avenida Duque de Ávila. Contactado pelo DN, fonte do Metropolitano de Lisboa admitiu ainda não haver "um timing definido" para a mudança.
A Associação de Restauração e Similares de Portugal (Aresp), que tem sede na mesma avenida, diz que "os prejuízos vencidos neste momento são pesados", avançando com valores compreendidos entre os 40 e os 70 por cento, ao alargar a análise para a restante área envolvente.
José Manuel Esteves, secretário geral da Aresp, chama a atenção para os prejuízos que contabilizam também os restantes empresários da zona do Saldanha. É que, enquanto os proprietários das casas comerciais da Avenida Duque de Ávila tiveram a oportunidade de celebrar acordos pontuais com o Metropolitano de Lisboa, aqueles que funcionam fora da rua onde está instalado o estaleiro de obras não têm direito a receber qualquer indemnização. Isto apesar de sofrerem com o barulho, o pó, os passeios cortados e o trânsito condicionado na Avenida da República. António Oliveira, dono do restaurante Galeto, revela que desde o início das obras teve uma quebra na facturação de 20 por cento. "As pessoas não vêm a pé para aqui, só de carro, e como trânsito está um pandemónio...".
O estaleiro de obras será transferido, na fase seguinte, para uns quarteirões adiante, ainda no prolongamento da Avenida Duque de Ávila. Contactado pelo DN, fonte do Metropolitano de Lisboa admitiu ainda não haver "um timing definido" para a mudança.
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