sábado, abril 01, 2006

Agente da Polícia impede ocupação

Correio da Manhã

Falcão-Machado



A coragem do jovem agente da PSP – que se colocou entre os desordeiros e a porta da embaixada – foi o único entrave que impediu que cerca de três dezenas de militantes anarquistas e ‘okupas’ conseguissem, ontem à tarde, tomar de assalto as instalações da Embaixada de Espanha, na Rua do Salitre, em Lisboa.



O que parecia ser um calmo início de tarde foi, de repente, perturbado por um grupo de 30 jovens, na sua maioria com o rosto tapado por lenços e gorros passa-montanha, e que antes estiveram sentados à saída da estação do metro da Avenida.

Os desordeiros lançaram-se em correria em direcção às instalaçõesdiplomáticas espanholas, com gritos de “assassinos”. Pelo caminho, todas as viaturas daquela representação foram vandalizadas, ficando com os pneus rasgados.

Frente ao edifício, os militantes atiraram com pedras, latas e sacos de tinta contra a fachada, ao mesmo tempo que lançavam pela rua centenas de panfletos com os dizeres ‘Liberdade presos Barcelona Fevereiro 2006’ e ‘O Estado espanhol reprime, tortura e assassina’.

Só não conseguiram entrar nas instalações porque o agente da PSP de serviço frente à embaixada se pôs à frente da porta e, apesar de alvo dos sacos de tinta, não arredou pé, nem mesmo quando, no final da acção, foi atirado um petardo contra o edifício, que não causou estragos nem vítimas. As autoridades policiais analisam agora os vídeos de segurança da embaixada na tentativa de identificar alguns dos atacantes.

Desde há cerca de dois meses que os serviços de informação portugueses registam uma intensa circulação de militantes espanhóis, em especial nas casas ocupadas na zona de Lisboa.

Já na madrugada de 22 de Fevereiro, membros da extrema-esquerda anarquista tinham atacado as instalações do Instituto Cervantes, também em Lisboa, com um ‘cocktail molotov’, que causou alguns danos materiais.

Estas acções têm a ver com as prisões de militantes ‘okupas’ e anarquistas em Barcelona, Catalunha, a 4 e 9 de Fevereiro, no âmbito de confrontos com a Polícia, em que um polícia ficou em estado de coma, e de rusgas das autoridades.




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