A greve da Função Pública marcada para esta sexta-feira pelos sindicatos da CGTP e da UGT não terá efeitos nas deslocações para o trabalho em Lisboa e no Porto.
Os transportes colectivos nas duas principais cidades – incluindo o Metro, a Carris, os STCP do Porto e a Transtejo – não «fazem parte do sector público» e por isso não estão abrangidos pelo pré-aviso de greve. Também a CP não é abrangida pela paralisação.
Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum (afecta à CGTP), admite que há muita gente a acreditar que não haverá transportes. «Isso está a criar confusão. Tem havido muita gente a telefonar», disse ao SOL.
A luta dos funcionários públicos terá efeitos, porém, nas autarquias que dispõem de autocarros próprios.
«Em Coimbra, em Braga, em Aveiro e no Barreiro existem transportes abrangidos pela greve», avisa Bruno Cristo, do departamento de informação do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP).
Se os transportes ficam quase intocados pela greve, o mesmo não acontecerá com muitos serviços públicos, que na opinião dos sindicatos poderão mesmo encerrar.
«Os tribunais, hospitais e centros de saúde, atendimentos em câmaras municipais, repartições de finanças e escolas» serão particularmente afectados, diz Ana Avoila.
Os problemas na recolha de lixo darão o primeiro sinal do início da greve, já esta noite.
A dirigente sindical está convicta que a taxa de adesão será superior «em todos os sectores», comparando com a última greve da Função Pública, há um ano. A subida será maior, antecipa Ana Avoila, será «nos serviços centrais do Estado».
Os sindicatos farão o primeiro balanço da greve à meia-noite de hoje. Ao início da tarde de amanhã (15h30), os dirigentes da CGTP e da UGT farão uma conferência de imprensa conjunta.
Sem comentários:
Enviar um comentário