quarta-feira, novembro 21, 2007

Metro de Lisboa com radiações mais altas

Correio da Manhã


Os aeroportos e o Metropolitano de Lisboa são os locais do País onde se registam os níveis mais elevados de radiações electromagnéticas emitidas pelas antenas de comunicações móveis. Também as praças públicas, ruas e jardins, situadas junto a prédios com antenas instaladas no topo, estão sujeitas a maiores níveis de radiação.


Uma equipa do Instituto das Telecomunicações, em parceria com o Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST), está no terreno há cinco anos com um projecto que avalia o risco da população exposta a este tipo de energia. Das 12 a 13 mil antenas existentes em Portugal, o ‘Projecto monIT’ já inspeccionou 432 locais e analisou 2280 ponto de diferente radiação.

Segundo Luís Correia, coordenador do projecto, os técnicos não encontraram “nenhum local em que o limite mais restritivo de radiação tivesse sido ultrapassado”. O valor máximo de referência definido pela Organização Mundial de Saúde situa-se nos 2 watt por metro quadrado de radiação emitida.

Seguro de que não existe risco para a população, Luís Correia sublinha que “cerca de 96 por cento dos locais medidos estão pelo menos cem vezes abaixo desse limite restritivo, o que dá uma grande margem de conforto.”

O motivo pelo qual todos os aeroportos (à excepção dos Açores) e o Metro de Lisboa estão próximos do limite máximo é, para o especialista, fácil de explicar: “As antenas estão no interior e as pessoas estão mais próximas delas, essa é a razão pela qual se obtêm valores mais elevados.” Para Luís Correia, a exposição nestes dois locais não representa risco, uma vez que “estes são locais onde a maioria das pessoas não passa o dia inteiro, são sítios de passagem, por isso o tempo de exposição acaba por ser irrelevante.”

As praças, ruas e jardins, também registam maiores níveis de radiação, mas “passam indiferentes porque estão esteticamente disfarçadas.”

No terreno, Luís Correia fez questão de mostrar os níveis de radiação a que as crianças da creche do IST, situada a cerca de 20 metros de duas antenas, estão expostas. “Estamos 40 vezes abaixo do limiar”, mostrou.


Diana Ramos

1 comentário:

AntenasNao disse...

O facto de diferentes países terem diferentes considerações quanto ao perigo das radiações electromagnéticas provenientes das antenas base e dos telemóveis, é mais do que suficiente para nos alertar que se a dúvida existe é porque não há certezas quanto à sua segurança para a saúde pública.
Portugal permite que o público geral esteja exposto até 450 µW/cm² (para uma frequência de 900 Mhz), mas países como Rússia, China e Polónia apenas permitem 10 µW/cm², a Suiça 4 µW/cm², Luxemburgo 3 µW/cm² e Áustria 0.1 µW/cm² que é um valor 4500 vezes inferior ao permitido no nosso país.
Como é que podemos viver em segurança com determinadas taxas de radiação em que se dizem seguras em Portugal, mas que são consideradas perigosas nestes países?
As pessoas que habitam próximo das antenas e em andares mais altos, estão sujeitas a maiores níveis de radiação do que quem habita nos andares mais baixos. Isto porque os campos de propagação das antenas são mais intensos na horizontal, ou seja, as emissões são mais forte na zona envolvente e perto da cota (altura) onde se encontram os elementos da antena. Sabendo isto, como é possível continuarem a instalar antenas nos telhados de prédios que estão rodeados de outras habitações praticamente à mesma altura da antena?
Consultem o blog AntenasAquiNao.blogspot.com onde podem encontrar diversos estudos e artigos sobre este problema

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