O Metro de Lisboa pára terça-feira de manhã até às 11:00, pela quarta vez este ano, devido a uma greve contra a caducidade do Acordo de Empresa no final de 2007, estando assegurado transporte em autocarros.
Os sindicatos temem que o fim do Acordo de Empresa (AE) em vigor abra caminho à precariedade laboral, com a celebração de contratos individuais de trabalho que não assegurem os direitos dos trabalhadores e possam pôr em causa a própria segurança.
Falhadas as tentativas de conciliação no Ministério do Trabalho e depois de duas greves realizadas em Junho, que puseram fim a mais de uma década de paz social na empresa, o Metro vive terça-feira a quarta paralisação este ano.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transporte Rodoviários e Urbanos (FESTRU) Diamantino Lopes indicou, a título de exemplo, que o AE estabelece um máximo de três horas de condução para os maquinistas e que já em 2001 houve a tentativa de aumentar este tempo para o dobro, situação que teme vir a tornar-se uma realidade.
"Foi-nos feita essa proposta a troco de mais algum dinheiro, mas os trabalhadores recusaram porque o dinheiro não é tudo. É um trabalho rotineiro - condução em galerias - e pode dar azo a acidentes. A segurança está em primeiro lugar", disse.
O conselho de gerência do Metro, por seu lado, emitiu na semana passada um comunicado em que se afirmava disposto a negociar e considerava não haver motivo para estas greves, o que a FESTRU contraria, dizendo que não lhes foi apresentada qualquer nova proposta como havia ficado decido em sede de concertação.
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