Diário de Notícias
Luís Galrão
O Metropolitano de Lisboa vai garantir transportes rodoviários alternativos caso se mantenham as greves anunciadas para amanhã e para terça-feira, dia 26, entre as 06.30 e as 11.00.
A eventual suspensão das paralisações depende do resultado de uma reunião entre a empresa e os trabalhadores, prevista para hoje.
No caso de se manter a greve, os utentes do metro poderão recorrer aos autocarros alternativos. A empresa informou que as paragens serão colocadas "o mais próximo possível das estações de metro", quer recorrendo às já existentes quer através da colocação de postes próprios. As viaturas estarão identificadas com a indicação "Ao serviço do Metro" e com faixas da cor correspondente à linha de metro servida e o nome da estação terminal.
Os utilizadores da Linha Azul terão ao dispor três percursos: Amadora Este/Rossio, Colégio Militar/Praça do Comércio e Sete Rios/Rossio. A estação da Baixa-Chiado, por ser de difícil acesso, será servida através de pontos de paragem no Rossio e/ou na Praça do Comércio.
Na Linha Amarela, as carreiras alternativas, alugadas pelo Metropolitano de Lisboa, serão efectuadas entre Odivelas/Marquês do Pombal, Senhor Roubado/Marquês do Pombal e Campo Grande/Rato. Apenas esta última alternativa servirá a estação de Metro da Cidade Universitária.
Em alternativa à Linha Verde, diversos autocarros farão a ligação entre o Campo Grande e o Cais do Sodré. Quem vive na zona de Telheiras poderá utilizar as carreiras 47 e 767 da Carris até ao Campo Grande.
Por último, na Linha Vermelha, serão disponibilizados transportes alternativos entre a Estação do Oriente e a Alameda.
Em qualquer destes percursos alternativos serão aceites todos os títulos de transporte válidos no metropolitano de Lisboa. A empresa prevê restabelecer a circulação normal pouco tempo depois das 11 horas.
(Des)acordo de empresa
Os cerca de 1600 trabalhadores do Metro estão contra o fim do acordo de empresa, que vigora há mais de 30 anos e que termina em 2007. Temem que a passagem a contratos individuais de trabalho os faça perder direitos na saúde, subsídios e complementos de reforma.
"O Metro teve o privilégio de unir os cinco sindicatos" representativos dos trabalhadores, explicou ao DN Sérgio Monte, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (Sitra). "A nossa única reivindicação é a manutenção do acordo de empresa até 2011", disse.
Na segunda-feira houve uma reunião com o Conselho de Gerência do Metro, sob mediação do Ministério do Trabalho, mas "a única novidade foi que a empresa nos disse que iria apresentar uma proposta para desbloquear este conflito", referiu o sindicalista. "Não fazemos ideia do que nos vão propor, mas pensamos que querem alterar o acordo", disse. Como a empresa "não abriu o jogo, decidimos manter as greves."
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